quinta-feira, 30 de julho de 2009

Os lugares que eu amo!

João Pessoa é dessas cidades que você vai e tem vontade de voltar.
Tem praias belíssimas, ruas bem arborizadas e limpas,"a segunda cidade verde do mundo".A sua culinária é boa, tanto nos restaurantes quanto nos hotéis.

Sempre vou com a minha filha quando precisamos mudar um pouco e descansar, fazendo coisas agradáveis como por exemplo:
Passear no calçadão à noite,e no shopping ,no sábado ir a um barzinho ouvir música ao vivo, ver o Pôr do sol do Jacaré ao som do Bolero de Ravel, visitar as lojas de artesanatos. Ficamos sempre em Tambaú onde podemos fazer passeios de barco visitando outras praias.
A cidade faz questão que saibamos que o sol nasce primeiro aqui, e quem visita a ponta do Seixas, tem sempre as melhores informações.
"Eta povo bom e hospitaleiro" talvez venha daí a vontade de voltar!














Pôr do sol do Jacaré - João Pessoa - PB


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Será que fui eu?

Parece mais um filme com todos os enredos: Poesia, romance, surpresas, suspenses, tristeza, lágrimas de saudades e de alegria, muitos sonhos, alguns realizados. Pesando tudo julgo-me uma pessoa feliz, tenho uma família! Com suas virtudes e erros como todos.
Na minha mocidade tinha dias que sentia saudades da família e filhos que ainda viriam, pois sentia que um dia iam chegar e que preencheriam a minha solidão. As minhas filhas sorriem quando conto a elas com meu pensamento de esperança.


Vim ao mundo num dia 08 de Maio, em Natal. Num lar humilde de um operário.
O meu pai era um homem sem instrução mais muito inteligente, era mestre de obras mais não escolhia trabalho, fazia de tudo. A minha mãe, uma mulher do lar, ajudava meu pai fazendo coisas que sabia fazer, lavando roupa, fazendo croché, as vezes costurava e desse jeito levávamos a vida.

Ela fazia questão de ajudar nos estudos dos filhos, comprando material necessário da escola, roupa, sapatos e e.t.c. Na minha época os pobres só faziam despesas com sapatos e roupas nas festas de fim de ano, e nas festas juninas. A vida era muito simples só os ricos possuíam carro, rádio e mesmo assim funcionavam mal, pois ainda era novidade. Éramos quatro filhos: duas meninas e dois meninos; todos nós fizemos o curso primário que na época tinha muito valor!Minha mãe ficou muito feliz por aprendermos a ler, como ela não sabia, ela jurou que seus filhos não seriam "cegos"como ela,era assim que ela se referia aos que não sabiam ler.

Fui criada mais na casa de minha materna, de vez em quando ia visitar meus pais e a tarde regressava com a minha tia, aos sete anos eu tinha a idade onde se aprendia as primeiras letras, tínhamos bastante tempo de ser criança, de brincar e aprontar.
Cheguei em Natal como uma matutinha, não havia "globalização", muito tímida (ainda hoje sou), tive sorte, minha professora ela junto de seu marido formavam um casal muito simpático, ambos cariocas, ele paraplégico de uma revolução que lutou no sul país, compraram um lote de terra pequeno e construíram um pequeno paraíso.

Tive sorte de estudar num lugar tão lindo, se fosse ao contrário talvez não tivesse tanto êxito, em pouco tempo aprendi as primeiras letras, eu sentia prazer em ir a escola. Se eu fosse um poeta não teria dificuldades, vou tentar descrever a beleza do lugar.....era tudo simples mas lindo, por ser enfeitado por diversos canteiros, com muitas rosas de diversas cores e jasmineiros perfumados, eu diria que era um pequeno paraíso. A casa de morada ficava ao lado com um alpendre, onde aos domingos a criançada se reunia para dançar ao som de uma vitrola com músicas da época.

Existia no jardim uma vereda que ia dar nas duas cabanas, uma ela ficava com o esposo e a outra onde ela lecionava, o banheiro de alvenaria tinha entre o sanitário e a parede sapos enormes, fazendo as crianças terem medo de usá-los, onde ela nos explicou em minha primeira aula de biologia que os sapos eram feios mais não faziam mal a ninguém e que os sapos tem um papel muito importante, sendo assim úteis, até hoje acho estranho quando vejo que alguém tem medo de sapo.




Minhas andanças

Casei-me muito jovem aos dezoito anos incompletos, o casório aconteceu num dia trinta de março, nos conhecemos na festa de São Sebastião (20 de Janeiro), foi uma atração rápida, mais forte nele do que em mim, chegou a dizer que o amor que sentia dava muito bem para nós dois, a minha avó era amiga da família dele, o currículo dele foi ótimo, basta dizer que era um bom filho e um bom amigo, todos gostavam dele, não era bonito mais era muito charmoso, e tinha uma legião de fãs loucas para agarrá-lo. Eu vinha de um noivado desfeito pela minha mãe, que ao contrário do outro era um filho estúpido, chorei muito a primeira paixão da adolescência, ele era um homem lindo, parecia mais com um artista da época.

Em março casamos, ele era militar e estava transferido-se para Sta Maria do Rio Grande do Sul.
Logo após de casados viajamos, ele foi o homem certo da minha vida, na nossa união o carinho e o respeito predominava, fazendo muito felizes ambos. Sofremos muito sem reclamação sempre esperançosos por dias melhores, a nossa viagem foi cheia de aventuras e imprevistos, nós tínhamos espíritos aventureiros.

Embarcamos em um navio da ITA, com um nome de Itaquicé, era um navio grande composto de 1° classe, 2° classe, 3° classe e carga. Os homens viajavam sem cômodo, com redes armadas na varando do navio, na época era o transporte dos militares transferidos e quem tentava a vida no sul do país, o nosso navio vinha do Pará. Antes de alcançar Maceió fomos surpreendidos por uma tempestade, houve pânico, algumas pessoas feridas, um garoto quase se afogou, viajava com o pai sem cômodo, mais graças a Deus um marujo o salvou, e ainda assim teve um braço quebrado, uma senhora deu à luz, ela ia para o Rio de Janeiro ao encontro do esposo, o temporal apressou a vindo do bebê, o pior que todo esse drama era no escuro, foi danificado o gerador que fornecia a luz para o navio. Basta dizer que as ondas do mar chegavam ao convés onde ficava a piscina e um pequeno parque. Dizem os tripulantes que o navio só não afundou porque estava muito pesado, não precisa dizer que o enjôo foi geral.

Falava-se muito do perigo de que era a passagem por Abrólhos, sempre se passava durante o dia porque era muito perigoso, são montanhas submersas, só a competência de um comandante para nos deixar tranquilos, ficamos curiosos, passamos numa boa a diferença era a água mais clara com muito sargaço.

Nosso passatempo era sentarmos em espreguiçadeiras no convés, ver as praias distantes, apreciar os peixes voadores em cardumes, "ficam prateados à luz do sol".
Hoje as as viagens marítimas nos cruzeiros, além de serem mais rápidas não falta diversão e tudo da maior tecnologia para os passageiros não sentirem tédio, isso foi o que sentimos depois que saímos da Bahia, somente mar e céu, até chegarmos ao Rio de Janeiro.

Devemos ter chegado à noite, quando acordei, senti que o navio estava parado, subi pela escadinha e olhei pela vigia, o cenário que vi, ficou gravado em minha mente, nunca tinha visto tanta beleza!

Aquela Baía linda!!! Cheia de ilhas e uma neblina como se a tivessem enfeitada... vou parar por aqui, porque é indescritível!Tenho voltado ao Rio de Janeiro de avião, mas por mar é uma lembrança inesquecível.

A viagem continuou, ao chegarmos na cidade do Rio Grande, ficamos dois dias parados devido à uma forte serração, continuamos dessa vez pela lagoa dos patos até chegarmos à Porto Alegre, pernoitamos e no dia seguinte viajamos com destino a Santa Maria. Chegamos ao destino numa tarde fria de outono, as árvores estavam desfolhadas pois no sul estão presentes as quatro estações, senti um vazio, uma vontade de retornar para casa.

O hotel que ficamos, ficava na Av. Getúlio Vargas, descobri que estava esperando meu primeiro filho. Os donos do hotel eram descendentes de Italianos e Alemães, foram meus segundos pais, tinham cinco filhos que se tornaram meus amigos e graças a eles minha vida não era triste, meu marido saía de manhã cedo só regressando à noite, eles me faziam companhia, eram muito engraçados, tinham um bom senso de humor, eram quatro meninas e um garoto.

De vez enquanto íamos todos ao cinema, às vezes na volta pra casa, havia muita serração, tinhámos medo, de nos perder um dos outros. Ficamos no hotel até a minha filha nascer, onde ocorreu um momento desagradável, um empregado do hotel, brincando com uma arma de fogo, disparou acidentalmente, ferindo mortalmente a camareira. Passei mal com o susto, me senti só, me deitei procurando proteção, depois percebi que, era melhor fazer companhia aos outros, quando me viram, ficaram todos angustiados por terem me esquecido, tomei "água de aliança", que era um costume da terra, que servia pra não perder o filho, fiquei com eles até meu marido chegar.

Os temporais, que horror! Parecia que o mundo estava vindo abaixo, refugiávamos no porão do hotel, geralmente eles viam acompanhados de muito vento e às vezes de granizo. Veio o verão de quase quarenta graus, conheci o mormaço, que era um vento quente que sopra sempre naquela estação, as pessoas dormiam ao ar livre de tanto calor, hoje em dia temos o ar condicionado.

Foi num dia destes de muito calor, seguido de um forte temporal, que minha filha nasceu! Um raio, atingiu o sistema elétrico do hospital, chegando a danificar toda a parte elétrica, o parto foi difícil, hoje eu digo a ela, brincando, que ela veio ao mundo, puxada à "ferro feito covarde". Devido a falta de energia, tive uma grande infecção, só não fui, por que não tinha chegado o meu dia, naquele ano a penicilina estava operando milagres... Tive alta após quarenta dias.

Uma família conterrânea, nos hospedou até arranjarmos uma casa, fiquei num estado de fraqueza, onde não aguentava segurar a minha filha, o pai é que dava o banho, sem antes dar na nenem umas boas rodadas na bacia, alegando que ela escorregava!

Oro Sempre por eles, pois é uma caridade que jamais pagarei!Quando estava no hotel, tinha roupa lavada, comida e etc. Quando fui morar na minha casa eu fazia todos os serviços : cozinhava, passava, cuidava do meu marido e de minha filha, o pior era lavar roupa numa temperatura negativa, tinha que colocar água quente na torneira para derreter o gelo, a lavanderia ficava em frente da casa, onde o minuano rachava e ressecava minha pele quando entrava em casa, minhas mãos ficavam dormentes e vermelhas. Ali Conheci a "Sibéria".

Engravidei pela segunda vez, com uma criança ainda bebê, deixei tocar à vida com confiança, não quis pensar muito, e toquei a vida pra frente.Quando estou em momentos destes, chamados sem saída, sempre vem uma solução.

A minha vizinha da direita, disse que queria conversar comigo um assunto importante, quando tive tempo, fiquei a disposição dela, então me contou que seu pai se encontrava muito doente, e sua mãe mandou me oferecer metade da casa, para ajudar nas despesas. Fique de dar a resposta no dia seguinte, pois ia consultar meu marido, dali a três dias, estávamos nos mudando. Deus achou que estávamos merecendo uma recompensa, além da casa ser bem melhor, ela repartiu ao meio, eu ficava com a entrada e as saídas da casa livres, uma parte do jardim e uma ligação com ela através de uma janela na cozinha. Antes eu morava atrás do quartel, agora, estaria em frente à rua principal.

Sua família era composta pelo seu esposo doente, três filhos rapazes e uma filha com quatorze anos, que passou a me ajudar a cuidar de minha filha. Ela passou a cuidar das roupas de meu marido, e eu ainda ganhava de presente pães feitos em casa.
Duas criaturas necessitadas, ela e eu. Deus juntou ambas se ajudando mutuamente, o resto foi fácil.

Uma parteira recomendada pela esposa de um colega de meu marido, veio a minha casa, fez os exames necessários, e quando foi no dia quatorze de Abril, dei à luz a outra filha, acordando com seus gritos, toda a rapaziada do outro lado da casa.
Todas as noites, oro por pessoas tão boas, que só me fizeram bem.

Meu esposo, foi promovido e transferido para Natal, a viagem de volta foi tranquila. Ao chegarmos em Natal, a nossa família estava nos esperando, saudosa e curiosa para conhecer as netas "gaúchas", tivemos direito ao prato predileto, a minha carne de sol com feijão verde, e a do meu marido, canjica de milho verde, foi muita emoção, não saberia como descrever esse reencontro. Quando viajei deixei um jardim no local onde eu estudava,ao retornar fui supreendida: meu pai mostrou o meu jardim antigo com um cajueiro em flor e minha mãe fez um pequeno jardim ao redor da calçada de minha casa, em minha homenagem!

Voltei uma criatura madura, pesar da minha pouca idade, aprendi a cuidar de uma casa, as gaúchas são excelentes nisto, aprendi tudo com elas, a maturidade veio da solidão, de trabalhar no frio sem ter costume, dos temporais que muitas vezes tive que enfrentá-los sozinha. Hoje não sinto medo, acho-os bonito me precavendo é claro.

Fui morar na vila militar, onde conheci muitos sofrimentos, com doenças em mim e nas crianças. Tive mais três filhos, dois meninos e mais uma menina, morando numa vila, quando uma criança apanhava qualquer doença, todas pegavam, era Coqueluche, Sarampo, e por aí vai. Passei a ter crise de Asma, trinta e cinco anos de sofrimento, exceto na gravidez, mais quando dava à luz, ai começava tudo outra vez . É uma doença alérgica terrível, não a desejo para meu maior inimigo!

Natal tem um clima excelente, eu fui uma exceção, até hoje quando à visito, adoeço.A parte boa da minha estadia na minha propia terra foram ótimas amizades!Morei seis anos, até o meu meu marido ser transferido para Belo Horizonte onde passamos pouco tempo.

Meu marido foi servir no Colégio Militar, depois de tanto aperto financeiro, e doenças, melhoramos bastante financeiramente, compramos móveis novos, a primeira televisão preto e branco!

Moramos em dois bairros, esperando vagar uma casa na vila militar, as casas bem mais confortáveis, uma rua arborizada com transportes, só tinha uma defeito, não tinha água ! De quinze em quinze dias os bombeiros iam encher as caixas d'água, era proibido aguar as plantas, pra não desperdiçar , se fosse pego a água seria suspensa.

Eu que nunca tive depressão, comecei a sentir muita angústia, pesadelos sem me deixar dormir direito, troquei de quarto, indo para o último quarto da casa e fui fazer um curso de corte e costura, que me serviu de terapia. Meu quarto tinha uma vista privilegiada, acima a Serra do Curral, embaixo avistava um bairro, acho que era Calafate. Mais ao lado, quase na curva da rua, ficava a igreja de São Judas Tadeu, onde cada dia 27 de cada mes os fiéis passavam para buscar água e pedir graças, mas a grande festa é mesmo no dia vinte e sete de Outubro.

A cidade de Belo Horizonte com o traçado de suas ruas e avenidas é digna de admiração, e um excelente pólo para o turismo, tanto na capital como em suas cidades históricas.

Quando voltei de BH, fui morar no Recife, aqui nasceu meu sexto filho, gerada em Minas gerais, mais Pernambucana de nascimento, foi uma menina completando quatro filhas e dois filhos, a família que sempre esperei e sempre agradeci, amo muito todos.

No lar, sempre fui o sargentão tinha que ser; meu marido a arma dele era a infantaria, passava bastante tempo longe de casa, era: Acampamento, prontidão, manobras e quando havia eleições ele ia guarnecer. Ao menos procurei dar à meus filhos uma boa educação doméstica.

Mas minhas andanças ainda não haviam terminado....

Uma de minhas filhas se apaixonou e nós, eu e o pai, achamos que não era a pessoa certa, meu marido aproveitou o convite do comandante da unidade, e veio combinar comigo, perguntar se topava irmos para Brasília, isso tudo no meio do ano.A minha filha mais velha, estava fazendo o básico em biologia marítima, teve que começar tudo de novo em ecologia, retardando assim a sua formatura, na transferência para Brasília.

Passamos três meses dormindo nos colchões do quartel, espalhados pelo chão, fomos os primeiros moradores da casa, tinha telefone e fogão, comprei máquina de lavar, pude tornar a nossa casa um ambiente natalino, pois a nossa mobília chegou na véspera do natal, o resto deu tudo certo, inclusive ter me curado da asma , a qual eu sofria à trinta e cinco anos! A única coisa que não deu certo foi o plano que o casamento não fosse realizado, no dia vinte e nove de Dezembro, eles se casaram na igreja de D. Bosco, e vieram morar no Recife.

Passamos quase quatro anos em Brasília, meu marido servia no batalhão da guarda presidencial, de onde foi para a reserva remunerada, teve direito de escolher o lugar onde queria morar, claro que escolhemos o Recife, cidade que adotei como minha.São quarenta e cinco anos, me sinto Pernambucana, amo o Recife e sua cultura, para mim é a segunda cidade mais linda que eu conheço, exceto o Rio de Janeiro.

Foi aqui, que me tornei espírita, antes, só a admirava, talvez, devido a ter uma família grande, nunca me dediquei totalmente, depois quando meus filhos estavam criados, entrei para a doutrina, eu e uma filha que é palestrante. Já me disseram que não aceitavam o espiritismo, porque os espíritas sofrem muito, não sei de onde tiraram esta ideia, todos nós sofremos, uns mais que outros, conforme o débito, ou a força que tem, "Deus não dá uma cruz maior a quem não tem força pra carregá-la".

Me tornei mais tolerante, segundo meu esposo, aceitamos as pessoas, mesmo sabendo que, elas tem defeitos, todos nós temos e compreendemos o porquê.

Nós estamos em constante evolução, cada qual tem o governo, os pais e os filhos que merecem, não quer dizer, que sejamos passivos, parados! Com amor e paciência, venceremos todas as dificuldades. Respeitamos todos os credos, achamos que cada um tem o seu caminho para Deus. Tempo virá, que não precisaremos mais de rótulos, todos seremos irmãos. Se não tivesse o aprendizado da doutrina, explicando o porque do sofrimento, não sei como teria suportado, três perdas em menos de dois anos. Perdi em um ano, meu marido em Janeiro, e a minha mãe em Junho! Meu marido estava doente há quase quatro anos, uma preparação para ele e para nós, e minha mãe estava velhinha com Alzheimer, não deixa de ter sido uma lacuna a perda para nós, mais o filho foi triste demais, só uma mãe que perde sabe da dor, a vida continua é verdade, mais um pedaço da gente vai junto.

Isso foi um resumo de quase setenta anos de vida, não daria pra contar tudo, seria preciso muitos livros.

Quero dizer aqui, que apesar dos sofrimentos, tive uma vida de muitas alegrias e de muitas emoções!

Com o nascimento de cada filho, as suas formaturas, os casamentos, nascimento dos netos ..chego as lágrimas, as reuniões de festas de fim de ano, as discussões de onde vão ser realizadas, dois moram em casas e os outros em apartamentos, passamos o natal na casa de um, e o fim do ano na casa de outro.

Tenho filhos maravilhosos, os netos idém, amo o meu time Sport do Recife, e torço por ele,
cazá, cazá, cazá. O Sport é o maior!

Sou vaidosa, gosto de me fazer bonita para mim mesmo, acho que me visto bem, hoje posso. tenho muitos amigos, que os amo, porque me aceitam como sou, não exigindo que eu seja diferente.
Chega né?!