sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Adolescência


Não adianta virar o rosto, todos já fomos um dia jovens, adolescentes!

E o sentimento são quase os mesmos, os amores impossíveis e os possíveis.

O interessante é como terminam rápido! Logo basta surgir outro mais simpático para acharmos que o outro era um “bobão”.

E se tivermos um pouco de juízo, ou a coragem de gostar do bonitão da turma, o desejado por todas?! É mesmo que enfrentar uma guerra declarada, não por uma, mais por todas suas fãs.

Depois passada a curiosidade, vamos ver como são tolos e fúteis esses bonitões! A maioria é mau aluno, pouco aplicados nos estudos, destacando-se mais nos esportes, para adquirir aquela musculatura bonita, admirado por todas.

Esse é o amor adolescente, um ensaio! Mais tarde só restará as lembranças e as gargalhadas através dos comentários, principalmente se houver fotografias.

Nada desperta mais risos do que retrato antigo “olha o vestido como era esquisito!” “e os sapatos”?! e o os rapazes?! que calças mais larga! e o topete?!

Sempre será assim, o mesmo acontecerá com as fotografias de hoje, vão servir de graça para os filhos etc.

Não quer dizer com isso que não existam os amores sérios na adolescência, os romances existem sim e existirão sempre!

Paz Celina

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A piedade


A piedade é a virtude que mais vos aproxima dos anjos; é a irmã da caridade, que vos conduz a Deus. Ah! deixai que o vosso coração se enterneça ante o espetáculo das misérias e dos sofrimentos dos vossos semelhantes. Vossas lágrimas são um bálsamo que lhes derramais nas feridas e, quando, por bondosa simpatia, chegais a lhes proporcionar a esperança e a resignação, que encanto não experimentais! Tem um certo amargor, é certo, esse encanto, porque nasce ao lado da desgraça; mas, não tendo o sabor acre dos gozos mundanos, também não traz as pungentes decepções do vazio que estes últimos deixam após si Envolve-o penetrante suavidade que enche de jubilo a alma. A piedade, a piedade bem sentida é amor; amor é devotamento; devotamento é o olvido de si mesmo e esse olvido, essa abnegação em favor dos desgraçados, é a virtude por excelência, a que em toda a sua vida praticou o divino Messias e ensinou na sua doutrina tão santa e tão sublime.

Quando esta doutrina for restabelecida na sua pureza primitiva, quando todos os povos se lhe submeterem, ela tomará feliz a Terra, fazendo que reinem aí a concórdia, a paz e o amor.

O sentimento mais apropriado a fazer que progridais, domando em vós o egoísmo e o orgulho, aquele que dispõe vossa alma à humildade, à beneficência e ao amor do próximo, é a piedade! piedade que vos comove até às entranhas à vista dos sofrimentos de vossos irmãos, que vos impele a lhes estender a mão para socorrê-los e vos arranca lágrimas de simpatia. Nunca, portanto, abafeis nos vossos corações essas emoções celestes; não procedais como esses egoístas endurecidos que se afastam dos aflitos, porque o espetáculo de suas misérias lhes perturbaria por instantes a existência álacre. Temei conservar-vos indiferentes, quando puderdes ser úteis. A tranqüilidade comprada à custa de uma indiferença culposa é a tranqüilidade do mar Morto, no fundo de cujas águas se escondem a vasa fétida e a corrupção.

Quão longe, no entanto, se acha a piedade de causar o distúrbio e o aborrecimento de que se arreceia o egoísta! Sem dúvida, ao contacto da desgraça de outrem, a alma, voltando-se para si mesma, experimenta um constrangimento natural e profundo, que põe em vibração todo o ser e o abala penosamente. Grande, porém, é a compensação, quando chegais a dar coragem e esperança a uni irmão infeliz que se enternece ao aperto de uma mão amiga e cujo olhar, úmido, por vezes, de emoção e de reconhecimento, para vós se dirige docemente, antes de se fixar no Céu em agradecimento por lhe ter enviado um consolador, um amparo. A piedade é o melancólico, nas celeste precursor da caridade, primeira das virtudes que a tem por irmã e cujos benefícios ela prepara e enobrece.

- Miguel. (Bordéus, 1862)- in "Evangelho Segundo o Espiritísmo",cap XIII,item 17.

Paz Celina


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

DESAFIO DOS SETE ( Celina)

Esse desafio me foi feito pela Anne Lieri e consiste em 7 questões com 7 respostas cada.
Devo postar o link de quem me desafiou:
http://menina-voadora.blogspot.com

1- 7 coisas que pretendo fazer antes de morrer
- ver todos os meus netos formados e bem sucedidos.
- fazer um Cruzeiro
- fazer tudo para não magoar os outros,fazendo sempre o bem
- viajar bastante
- voltar a visitar Gramado-RS
- alcançar maior desenvolvimento espiritual;
- aprender a dançar
2- 7 coisas que mais digo
- olha a hora!(minha filha e neto)
- vamos,vamos!(minha filha)
- vou ver se chegou comentário (no Blog)
- será que ficou bom?(as postagens)
- que chateação!
- viu meus óculos?
-como está nos estudos? !
3- 7 coisas que faço bem
- rezar
- arrumar a casa
- cozinhar
- fazer compras da casa
- lidar com crianças e idosos
- dizem que sou boa conciliadora
- cuidar de pessoas doentes
4- 7 defeitos meus
- dizem que sou teimosa
- perfeccionista
- intolerante às vezes
- introvertida
- impulsiva
- muito sucetivel
- rotineira
5- 7 coisas que amo
-minha familia
-livros
-cachorro
-natureza em geral
-crianças
-bom filme
-passear no shopping
6- 7 qualidades minhas
-muita coragem
-fé e esperança
-a fidelidade é a minha maior virtude!
-sei reconhecer quando errei
-positiva diante de dificuldades
-amorosa
-sei ser amiga
7-7 amigos para participarem desse desafio
Vou ver se escolho quem acho que não foi:
-Maria
-Cacá
-Maria José
-Flôr da Vida
-Toninhobira
-Vozes da minha vida
-Marli

domingo, 14 de novembro de 2010

UMA REALEZA TERRENA


Quem melhor do que eu pode entender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: Meu reino não é deste mundo! O orgulho me perdeu na Terra. Quem, pois, entenderá a insignificância dos reinos da Terra, se eu não o entendi? O que levei comigo de minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada.

E para tornar a lição mais terrível, a minha realeza nem sequer me seguiu até o túmulo! Rainha eu era entre os homens, rainha eu acreditava entrar no reino dos Céus.

Que desilusão! Que humilhação quando, ao invés de ser recebida como

soberana, vi acima de mim, mas bem acima, homens que acreditava

serem insignificantes, a quem havia desprezado, pois não tinham sangue nobre!

Então compreendi a inutilidade das honras e das grandezas

que se procuram com tanto desejo na Terra!

Para se preparar um lugar neste reino celeste, é preciso a abnegação,

a humildade, a caridade em toda a sua prática cristã, a benevolência para com todos.

Não se pergunta o que foste, que posição ocupaste, mas o bem que fizeste, as lágrimas que enxugaste.

Senhor, Jesus! Disseste que o teu reino não é deste mundo, pois

é preciso sofrer para alcançar o Céu, e pelos degraus do trono não

nos aproximamos dele. São os atalhos mais difíceis da vida que nos

levam para lá. Procura, então, o caminho nas dificuldades e nos espinhos

e não entre as flores.

Os homens correm atrás dos bens terrenos como se pudessem

guardá-los para sempre; mas aqui não há mais ilusões. Logo percebemos

que apenas nos apoderamos de uma sombra e que desprezamos

os únicos bens sólidos e duráveis, os únicos que nos seriam úteis na

morada celeste, e os únicos que poderiam dar acesso a essa morada.

Tem piedade dos que não ganharam o reino dos Céus. Ajuda-oscom tuas preces, pois a prece aproxima o homem do Altíssimo. É o traço de união entre o Céu e a Terra. Não o esqueças.

Uma Rainha de França - Havre, 1863

-O Evangelho Segundo O Espiritismo - Instruções Dos Espíritos Cap II,Item 8 -Uma Realeza Terrena

Paz Celina

domingo, 7 de novembro de 2010

Comemoração as Cem postagens!

Fogo-fátuo.

Ele estava quase sempre em diversos lugares, no sítio da minha tia, aparecia sempre no pé de mamoeiro, na beira do rio e acima das plantas. Da porta da cozinha nós o avistávamos, com aquele olho azul parecendo nos observar.

A minha tia estava tão acostumada que ficava indiferente, à noite sempre ia buscar um pote d'água para acaso alguém precisasse, aí eu pensava -porque não apanhar a água durante o dia?! Talvez por ser uma pessoa muito ocupada, a única ajuda que ela dispunha era a roupa que era lavada no rio por uma moça, o resto era ela que fazia e ainda arranjava tempo para costurar para os filhos.

A noite era o tempo que ela tinha para buscar a água para beber, para o gasto da casa era de uma jarra grande que o rapaz que a ajudava cuidar dos animais se encarregava de enchê-la. Quando eu não estava lá, ela ia sozinha, a única coisa que ela sentia medo era qualquer assunto que se referisse ao fim do mundo, aí sim, ela chegava a perder o sono só de pensar!

Eu a acompanhava, só Deus sabe o que representava para mim aquele sacrifício, eu ia atrás quase colada a ela, a água era tirada de um poço de águas cristalinas no meio dos bambus, não precisava dizer que a escuridão era total, o candeeiro que ela levava dava apenas uma claridade muito pouca, enquanto ela apanhava a água eu ficava olhando ao redor em plena escuridão, quando ela o avistava ela me prevenia, "fique quieta e não olhe de lado que ele está lá, qualquer movimento ele poder vir em nossa direção".

Com o seu ruído característico o povo do interior estava acostumado a conviver com o fenômeno, o meu tio quando ia pescar, se ele aparecesse meu tio pegava o seu material de pesca e voltava, segundo ele naquela noite a pescaria não rendia nada.

Não sei o que o pessoal pensava, sei que tinham o maior respeito, em cada região era conhecido por nomes diferentes, na região da minha tia era “fogo do batatão” ou “fogo da comadre e do compadre” e por ai vai, não sei explicar porque dos nomes.

Eu gostava muito de passar as férias no interior, só vinha para a cidade nas festas de fim de ano, as minhas primas ficavam admiradas por eu gostar tanto , elas às vezes perguntavam se eu não gostaria de trocar de lugar! Elas detestavam tudo aquilo, nem banho de rio elas tomavam, enquanto eu aproveitava bem, subia em árvores, tomava banho de rio.

Foi com os meus primos que aprendi a nadar e a andar de cavalos, eu só estranhava a falta de luz elétrica e não ter pão, isto a minha tia procurava suprir fazendo fornadas de bolos e sequilhos de polvilho.

À noite o passatempo era contar histórias tenebrosas, sentados todos nos bancos rústicos do alpendre, parecia até concurso de quem contasse a história mais assombrosa. Ainda bem que quando caía na rede à noite cansada de tanta estripulia, adormecia em seguida, para no outro dia recomeçar tudo outra vez.

Pegava carona nos carros de bois até a entrada da mata, adorava tudo aquilo o cheiro do mato os cantos dos pássaros, faziam até esquecer o olho azul que nos espreitava a noite, acima do mamoeiro, era só evitar olhar lá fora na escuridão da noite.

Era a minha pasárgada.

Mais tarde eu aprendi a explicação científica, aquilo que nos deixava com tanto medo, faço aqui uma ressalva, porque ele invés de se apagar vinha pra cima da gente? e o barulho?

O deslocamento de ar é a resposta.

E quando mudava de lugar a velocidade que ia, eu hein?!

Definição da Wikipédia:

“Fogo-fátuo no interior do Brasil chamado de fogo tolo, fogo corredor é uma luz azulada que pode ser avistada em cemitérios, brejos e etc. É inflamação espontânea de gás metano, resultantes de decomposição de seres vivos, plantas, animais típicos dos ambientes.”

Paz Celina

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Comemoração

Amigos estou completando cem postagens na próxima edição!

Para comemorar resolvi reeditar uma postagem publicada em janeiro deste ano, na época não chamou muito atenção, mais na estatística do Blog, que começou em maio, a mesma é a mais acessada, juntamente com a segundo lugar ( quase empate ) a postagem "Benefícios pagos com a Ingratidão", e em terceiro lugar "O que foi visto jamais será esquecido".

Bem amigos este será a minha comemoração!

Aguardem!

Paz para todos Celina.