quinta-feira, 28 de abril de 2011

Amo o Recife!


Moro nesta cidade há quarenta anos, os meus filhos eram pequenos quando aqui cheguei,aqui estudaram,fizeram faculdade e se formaram.
Eu conheci outras cidades, mas sempre voltei ao Recife. Sempre pensando na musica (Voltei Recife) que por duas vezes tocava no meu regresso, coincidentemente no carnaval.
É o Recife a cidade que escolhi para morar. Tem os problemas que toda cidade grande tem, tem violência, tem crimes, sendo que os daqui são mais os crimes passionais.
Eu adoro o Recife!
Não é tanto pelo seu famoso carnaval, eu não brinco, às vezes eu gosto de ver os blocos pela televisão. Têm os Blocos das Flores, da Saudade, todos cheios de recordações dos carnavais passados.
Eu adoro o Recife!
Não é tanto por suas festas juninas, que por aqui são festejadas durante todo o mês de junho. Com quadrilhas juninas e suas fantasias luxuosas, onde concorrem vários estados Nordestinos. Nas festas de rua todas ficam decoradas, as comidas deliciosas, os diversos cantores. Tem para todos os gostos, o meu cantor preferido é Flavio José.
Por que então eu adoro o Recife?!
Pela sua beleza! O traçado de suas pontes sobre os rios Capibaribe e Beberibe. Dizem que parecem  com a cidade de Veneza, eu não acho não.Não é bairrismo, mas acho a “Veneza Brasileira” como é conhecida a minha cidade mais bonita! Cada uma com sua beleza, uma na Europa outra aqui no Nordeste.
Pelo seu mar lindo! A praia de Boa Viagem considerada a mais limpa do Brasil! A internacional praia de “Porto de Galinhas”, com suas piscinas naturais e o imenso cerco de Corais.
Amo o Recife pelo seu povo hospitaleiro, o bom humor do pernambucano, a sua simplicidade.
Amo o Recife pelos seus poetas! Moro em uma quinta que homenageia os poetas pernambucanos, como Manoel Bandeira, Ascenso Ferreira, Carlos Pena,João Cabral de Melo Neto, o meu prédio rende homenagem ao “Poeta das Cigarras” o Olegário Mariano.

Amo o Recife! O amor não tem explicação!Ou se ama ou não!

Paz Celina

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Alegria


Imagem do Google
Hoje amanheci muito feliz! O sol voltou a brilhar, ele trás alegria para a nossa alma!
Ontem foi o almoço de Páscoa na casa de minha filha mais velha, estávamos todos juntos, uma alegria só! Chocolates e vinhos não faltaram.
Além dos filhos, estavam às noras e genros, os netos e suas noivas. Em junho haverá casamento, os noivos estão em pleno preparativos, e nos também!
É o que se leva da vida é a alegria de ser ter uma família.
Estou feliz! Estou amando!
Amando as montanhas, os animais, as minhas flores, as margaridas que são as minhas prediletas!
Amando os meus netos queridos, e é claro os meus filhos!
E ainda falta, meus amigos! Os meus amigos presentes e os  virtuais !
Estou amando o amor!
O meu coração está em festa!
Tem dias que amanhecemos assim, só resta agradecer a Deus tanta felicidade.
As dores são lembranças longínquas, sei que elas podem vir... Estarei preparada como das outras vezes.
Se soubesse cantar, hoje estaria cantando, mas nasci sem esse dom! Em compensação estou escutando uma musica linda!!!!
Hoje só quero alegria!
Que adianta esperar o pior! Cada dia cuidara de si mesmo.
Deus nos criou para sermos felizes e o meio de agradecer a ele e sermos felizes.
Paz Celina.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Páscoa

Imagem do Google
Páscoa é renascimento e vida!
Vou começar com uma frase do Chico Xavier “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo caminho, qualquer um pode recomeçar agora e fazer um novo fim”.
É isto que estou tentando fazer todos os dias, o mundo com suas tentações está sempre como um ímã puxando-nos para as coisas frívolas da vida.
Mas isto também é ensinamento, temos que sentir a diferença das sensações do mal e do bem, para que seja feita a escolha.
A diferença que o caminho errado nos angustia, e do bem, nos dá segurança e paz.
Pensando bem, é melhor seguir o caminho que nos da paz, este podemos dividir com a nossa família e com os amigos queridos, e também com os não tão queridos!
Se formos amar só os bons estamos sendo justos?!Jesus  falou que amar os bons seria fácil, e os menos bons, oremos por eles.

Feliz Páscoa a toda minha família, meus amigos e aos amigos virtuais.

Paz  Celina

sábado, 16 de abril de 2011

Mestre Luiz

Imagem Google
Meu Pai! Eu nunca falei dele nas minhas postagens, francamente, eu acho que não tinha as palavras certas.
Ele era um homem bom! Só isso?!Era um homem normal, com suas virtudes e os seus defeitos.
Foi o primeiro e maior amor da minha vida! Depois que vieram os meus filhos, ai ele passou a ser o segundo. Ai vem a pergunta: E o marido? Por ele eu senti muita gratidão, respeito e um grande amor! Um amor diferente, pois os laços consanguíneos falam mais alto.
O meu pai com sua ternura, não precisava nem falar, bastava um olhar para saber se eu estava triste. Quando eu  ficava doente, as coisas que eu mais gostava ele trazia para mim, só para me agradar.
Amou muito a minha irmã também. Chamava-se Luiz,  o nome dele se perpétuo nos nossos filhos e netos. Prestamos esta homenagem aquele pai que foi tudo para nós, filhas e netos. Parodiando Chico Xavier, foi “Um Homem Chamado Amor”.
Vou relatar um pequeno exemplo de quem foi esse homem, da bondade do seu coração!
Na nossa casa tinha um “puxadinho”, onde ele inventou de abrir uma pequena mercearia, com gêneros de primeira necessidade. Não durou muito! Ele sendo Mestre de Obras, àqueles operários necessitados pediam: Mestre Luiz posso fazer uma feira? Ele prontamente  atendia, eu mesma, menina   enxerida, sonhava em ser dona de mercearia, adorava ajudar meu pai, cortava sabão e outras coisas mais.
Pois bem, não durou um mês a brincadeira!
A minha mãe reclamava  do dinheiro jogado fora, ele respondia “Mulher como vou cobrar desses pobres coitados?!Eles não tem nem onde cair morto!"  Pois bem perdi meu emprego de auxiliar de mercearia..rsrs
Ele não era apegado a nada, tudo que tinha, e tinha pouco, ele repartia!Não tinha religião, mais Deus agia por ele sem ele saber!
 Amou muito! Amou minha mãe ,seus filhos, netos. Todos guardam boas recordações dele, do seu humor, dos seus heróis. Entre os heróis estavam: “Jeronimo o herói do sertão”, Luís Gonzaga e Getúlio Vargas. Não adiantava dizer que Getúlio Vargas era um ditador, ele falava que ele era firme e que tinha muita determinação.
Na companhia do meu pai assisti desafios de violeiros, onde dormia aos seus pés. Nos comícios de Getúlio quando esteve em natal, uma multidão enorme de seguidores do carisma de Getúlio e meu pai no meio, eu ainda era muito pequena mais junto dele eu ia para qualquer lugar, eu só queria estar junto dele sem importar aonde!
Os laços que nos prendia eram muito fortes, como eu amei meu pai!
Quando ele se foi, eu não podia chorar, pois tinha que ser forte para consolar minha mãe e minha irmã que estava esperando seu primeiro filho. Quando todos estavam dormindo, me trancava no banheiro, não chorava não, eu urrava como uma fera ferida!
Pai foste muito amado, não só por mim, mas por todos aqueles que contigo conviveram, sua filha

Celina

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Santinha das Rosas


Imagem do Google
"A Santinha da Alma" como era conhecida o pequeno vulto da imagem de Santa Terezinha do Menino Jesus.
Ficamos conhecendo-a através da cunhada da minha mãe: Um dos meus irmãos se encontrava enfermo e a minha mãe estava aflita, porque os remédios tomados não tinham uma resposta positiva. Foi aí que a cunhada visitando-a perguntou a minha mãe: "Porque você não faz uma promessa a Santinha da Alma, ela tem feito bastantes curas".
Mamãe fez a promessa, antes, visitou a santinha levando flores e um maço de velas.

Chegando lá à dona da casa a recebeu, levando-a conhecer a santinha. Estava em um quarto simples onde havia um oratório, com outros santos, mas a santinha estava em uma mesinha à parte, a queima de velas era grande e talvez por segurança ela estivesse só, a quantidade de flores mal dava para vê-la, mamãe perguntou por que o nome de "Santinha da Alma"? E a senhora respondeu: Um dos meus filhos, boêmio, vinha voltando mais uma vez de uma noitada, caminhando, quando nas imediações de um cemitério avistou uma moça esguia, caminhando com muita leveza, "essa moça à uma hora dessas pensou..."
Pensando numa possível aventura tentou acompanhá-la, mas ela andava muito rápido, chegou a emparelhá-la, fez diversas perguntas: Onde morava? O que estava fazendo sozinha na rua em uma hora daquelas? Ela respondia, mas ele não entendia. Atravessou o que parecia ser um campo de futebol, até chegarem aos fundos de uma casa, onde ela empurrou a porta da cozinha e logo depois, um pequeno quarto apareceu, de onde havia duas camas de campanha e um pequeno oratório, ela ajoelhou-se e começou a orar, ele em pé observando-a, depois ela levantou-se deu um pequeno sorriso, pegou uma pequena santa que estava ao lado dos outros, e deu a ele, admirado de seu gesto, quando se refez ela já atravessava novamente o campo.
Veio para casa ao amanhecer, custou a dormir, levantou-se voltou ao local dessa vez pela porta da frente, perguntou a vizinha pela moça dando alguns detalhes, aí a mulher respondeu que ali moravam três moças, trabalhavam fazendo charutos para uma fábrica e foi morrendo uma a uma de Tuberculose, a última tinha sido a moça por ele descrita.
Ele convidou a vizinha para ir com ele, mostrando a ela que estava dizendo a verdade!Entraram pela porta de trás, como ele tinha feito na madrugada anterior, estavam lá as duas camas, o oratório e um canto vago deixada pela santa!Serviu, curou um boêmio de andar a esmo pelas ruas, tendo encontros misteriosos e estranhos. O meu irmão ficou bom, a minha mãe ficou devota, sempre levando flores para a santa Terezinha do Menino Jesus, A SANTA DAS ROSAS.

Ps: Antigamente as casas onde morriam tuberculosos, ficavam meses e até anos abandonadas, era o pavor de contrair a moléstia!
Paz Celina

*Postagem do dia 09/11/2009

sábado, 9 de abril de 2011

O Cachorro Seresteiro

Ah! As serestas! Aqueles que viveram na mesma época delas, devem lembrar com saudades das mesmas.
Talvez por falta de assuntos, ou as limitações dos nossos pais, não tínhamos muito assuntos para conversar. Daí aproveitava uma letra que falasse tudo àquilo que eles queriam dizer ás suas amadas e a melodia bem nostálgica, aí nascia às serenatas, principalmente em noites de luar.
Lembro-me, de uma seresta feita para mim a música era "A Deusa da Minha Rua", bem tocada pelos seresteiros da época. Era uma noite de lua cheia, eles chegaram; Um no violão, outro no Sax e um cantor apaixonado.
Os primeiros acordes não tinha coisa mais linda!
Depois o seresteiro cantou com toda paixão a sua música, quando foi à vez do Sax o cachorro achou de fazer dueto com ele. Mais os uivos eram tão altos, parecendo mais com um lobo. Um momento tão lindo transformou-se numa coisa cômica, meu pai ria tanto e eu morrendo de raiva, com vontade de dar umas tapas no cachorro, chegou até certa altura que não deu mais pra continuar, eles desistiram dizendo: “Rapaz, que mau agouro, estamos fritos, vamos embora!"

Imagem do Google
O Sax é um instrumento que mais admiro, mas todas as vezes que escuto em solo, não deixo de recordar a minha seresta frustrada.
A Deusa da minha rua
Música de Newton Teixeira
Letra de Jorge Faraj

Paz Celina


*Postagem de 16 de setembro de 2009

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nos instantes difíceis

Nas dificuldades do dia-a-dia, esqueça os contratempos e siga
em frente, recordando que Deus esculpiu em cada um de nós a
faculdade de resolver os nossos próprios problemas.
A vida é aquilo que você deseja diariamente.
A renovação autêntica tem de começar em nós mesmos.
Você prepara o caminho para quaisquer ocorrências pensando
em torno delas.
A palavra é porta de entrada para as suas realizações.
Carregar ressentimentos é bloquear seus próprios recursos.
Encolerizar-se é dinamitar o seu próprio trabalho.
Não sofra hoje pela neurose que talvez lhe venha comprovar a
compreensão e a resistência, em futuro remoto.
Os problemas existirão sempre em redor de nós e apesar de
nós.
Olvide ofensas e desgostos, tribulações e sombras e continue
trabalhando quanto puder no bem de todos, recordando que o tópico
mais importante do seu caminho será sempre servir.

Do livro de André Luiz - Respostas da Vida (Francisco Cândido Xavier)
Paz Celina

sábado, 2 de abril de 2011

A alegria da minha tia Ali.

Imagem Google


Vou falar hoje da alegria da minha tia Ali.
Ela era diferente de todas as irmãs, mais clara e bem alta, casou-se com um homem que no máximo tinha 1,55 m. Era um casal bem diferente quando saiam juntos ela ia sempre à frente ou atrás, chamava atenção de todos e ela não gostava.

Como não tiveram filhos adotaram duas crianças.


Eram felizes ao seu modo, de casa para a igreja, as festas só as religiosas, a da padroeira Sant’Anna que é comemorada no mês de Julho, e as de fim de ano.

Fazia bonecas de pano lindas, para passar o tempo não dando conta das encomendas, toda criança gostaria de ter uma.


O marido trabalhava na capital, e deixava as compras da semana e certa importância em dinheiro, na terça-feira ela já tinha doado tudo. Daí perceberam que tinha alguma coisa errada passando do limite, levando-a a muito custo ao médico, fez um tratamento internada, quando voltou estava boa, mas com a alegria de sempre.

De vez em quando eu vinha até a cidadezinha, ficar na casa da minha sogra, quando ela sabia aparecia lá, ela adorava crianças.
Nos domingos pedia que arrumasse as meninas para acompanhá-las a missa das nove, uma delas tinha um cabelo preto curto e de franja e a outra cabelos castanho que eu enchia de cachos, a "La Shirley Temple", ficavam todas arrumadas e bonitas e era com certo orgulho que ela pegava nas mãos das crianças e as levavam a igreja que ficava perto da casa da minha sogra.

Um dia uma das minhas primas me chamou atenção, disse que uma das meninas estava tirando a concentração dos fiéis, ai explicou por que. Uma das meninas pedia para colocar os óculos que eram da minha avó, por sinal bem antigo, as lentes eram redondas e os aros dourados

Ai já viu, uma menina com cara de sapeca, de cachos e por cima de óculos antigos! Enquanto os outros se ajoelhavam para frente, ela se ajoelhava no banco virada para o povo, não tinha pessoa por mais séria que fosse que não achasse engraçado, resultado, é que tirava a concentração.

Meu marido resolveu a situação, nos horários das missas ele ia com elas fazer um passeio só regressando ao término da última missa às onze horas.

Sinto saudades da minha madrinha Ali, alegrou a minha vida com o seu bom humor e suas risadas, suas graças, sem percebermos que era uma pessoa doente e sim alegre.

 Que Deus a tenha.

Paz Celina

*PS: Postagem publica em 26/11/09