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O meu
natal eu sempre passava no interior! Como eu gostava de tudo aquilo! Ficava
contando os dias para me juntar a minha família de lá.
Hoje vejo
a simplicidade de tudo! A singeleza do parque de diversão que só tinha um
carrossel e uma roda gigante só no nome, pois era minúscula, mais eu achava o máximo!
Decoração
de natal lá ninguém conhecia, não existia nem arvore de natal nas casas, tínhamos
só os presépios que muitos chamavam de “lapinha”, nas casas e dentro da igreja
que era um atrativo para todos os visitantes.
Agora
tinha uma atração esperada por todos, era o pastoril de “Dona Fifinha”
uma senhora da sociedade que sempre organizava
com muito capricho o pastoril que só tinha as moças mais bonitas da cidade (coitada
das feias,rsrs).Todos ficavam aguardando a apresentação do mesmo, vinha gente
de todos os recantos só para prestigiar e ver a beleza da apresentação.
Fogos de artifícios
não existia não, só foguetões, muitos foguetões!
O quartel
general era a casa da minha avó, vinha os filhos que moravam em sítios mais
distantes e com eles muitos convidados, tinha muita gente!
A ceia de
natal era bem típica, sem perus ou carnes, tinha mais bolos, bolos diversos e saborosos,
biscoitos, frutas etc. As bebidas era
vinho para os adultos e sangria (vinho com agua e açúcar) para as crianças.
Uma coisa
não podia faltar, eram as roupas novas nas festividades de natal para
homenagear o Menino Deus na missa do Galo. Do vestido mais simples de chita até
os mais caros. O pior era o sapato novo que torturava a quase todos nas
festividades! (rsrs)
No pátio
da igreja ficavam as barraquinhas de prendas e comidas, palco das “paqueras’ e
do desfile das roupas novas.
Para mim
era a felicidade aqueles momentos mágicos! Hoje só resta o cenário de tudo
isso, a geração se foi! Mas valeu! Ficou a saudade.
Um abraço
fraterno, Celina.