quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A família


Sempre sonhei ter uma família grande e me via rodeada de filhos.
Quando me casei não tive coragem de contar ao marido este meu sonho,mas, deixei que os filhos viessem.
Quando tinha dois casais já estava mais adulta, pensei na educação dos mesmos, e na canseira que já começava a sentir, eram birras, ciumeiras, doenças, noites sem dormir, e no outro dia tinha que recomeçar tudo de novo, personalidades fortes, tinha que tratá-los todos iguais, paradoxalmente cada qual tinha que ter uma atenção diferente.
Às vezes fazia tudo sozinha, as auxiliares ao saber o número de filhos iam trabalhar na casa que tivesse uma família menor, mas graças a Deus assim mesmo arranjei ótimas criaturas para me ajudar, quando estava que não aguentava mais, elas apareciam aí sempre havia uma troca, uma delas, passou muito tempo comigo, a ajudei na educação do seu filho que não queria nada com os estudos, os meus quatro primeiros filhos, as mais velhas eram as duas meninas e dois meninos menores, a segunda filha sempre deu muito trabalho, ela marcou a infância e a adolescência, mais tarde quando passou essa fase se tornou uma pessoa muito querida, tanto dos colegas como da família, era a alegria das festas até hoje é assim.
De certa feita mandei-as a mercearia comprar algo , a mercearia ficava perto dentro da vila militar, mas, assim mesmo ficava preocupada, devido ela brigar muito, estavam custando a chegar, quando olho ela vinha na frente com a carinha tão culpada, e atrás um bando de meninos vizinhos e um senhor estranho, o meu marido estava em casa e foi ver do que se tratava, eu fiquei olhando morrendo de dó da carinha dela, aí os meninos explicaram que ela tinha quebrado o carrinho do homem que o usava para vender doces, chegou a vez do homem falar, ele disse que tinha ido a mercearia comprar cigarros, quando veio ela estava segurando o carro, como era pesado ela não conseguia empurrá-lo, quando ela o avistou,assustou-se, soltou o carrinho que virou derramando todos os doces.
Para o meu marido os filhos tinham sempre razão, era um amor cego, passou um sermão no homem, o chamou de irresponsável por deixar o carro sozinho capaz de machucar as crianças, o homem só dizia 'sim senhor', mandou o homem embora, aí eu entrei em defesa do homem dizendo que era o ganha pão dele, sem falar nos prejuízos, dos meninos que vieram a maioria tinha ido embora, restavam poucos e ele mandou um deles chamá-lo, perguntou dos prejuízos, pagou tudo direitinho, e aconselhou não deixar o carrinho só, desta vez calmo o homem "disse sim senhor" e foi embora.
O meu marido era uma pessoa boa, o cargo que ele ocupava, tanto dava para ajudar como para punir, ele sempre estava ajudando, orientando, aconselhando, era uma pessoa amada por todos, o defeito era ter esse amor cego pela família, os filhos sempre tinham razão, se brigasse com algum garoto ele virava garoto também, e ficava "brabo", os meninos faziam as pazes e ele continuava cismado, se falasse com ele com jeito no instante ele aquiescia.
Os filhos tem as maiores recordações do pai que os amava tanto a ponto de virar criança também!
Depois fui a Natal a passeio, encontramos os "meninos briguentos" estavam todos rapazes, tinha um médico que era diretor do hospital da cidadezinha do meu marido, os outros formados em administração, foi aquela alegria, mexeram muito com o meu marido, perguntando se ele ainda estava aborrecido com eles, ele sorriu, eram filhos de uma grande amiga minha, foram recordar as brigas e riram muito.
Os quatro filhos já estavam crescidos, aí de comum acordo deixamos que viessem mais dois, que foram duas meninas.
Hoje tenho uma família grande só de netos tenho quatorze, dez meninos lindos, e quatro meninas, todos na universidade só o caçula que ainda está a caminho, uma coisa eu garanto, nunca fui tão amada, belos rapazes e quatro netas lindas.
Olha, não é corujice NÃO!

Uma feliz! Celina

5 comentários:

RENATA CORDEIRO disse...

Ah, Família! Aqui é uma extensão da nossa célula-mãe!!! Porque não me esqueço de você, querida!

Deixo estas palavras + Beijos*

"Nada como o silêncio para sugerir
o sentido de espaço ilimitado.
Sons que dão cor ao espaço,
e conferem a ele um corpo espacial.
Mas a ausência de sons deixa o espaço puro,
e no silêncio, somos dimensionados com a
sensação de algo vasto, profundo e sem fronteiras."

(de Gaston Bachelard, em Poética do Espaço)

Bom dia, again and again*********
Renata

ONG ALERTA disse...

Filhos o maior presente que a vida pode nos dar...curta ame, abrace e cheire muito...paz.

Maria José Rezende de Lacerda disse...

A família é a nossa base, o que nos dá sustentação para a vida. Filhos são os melhores presentes de Deus. Beijos, amiga e seja sempre feliz com sua linda família.

Naty disse...

"Foje... rápido...depressa...andam atrás de ti...as formigas...elas sabem que tu és a pessoa mais doce do mundo!"
Bom fim de semana
Bjs

Karl d'Jo Menestrel disse...

Filhos, um presente que ofertamos a nós próprios.
Netos, um perfume sublime, que nos brindaram os filhos, nossos filhos são, mas com mais açúcar.
Que a felicidade acompanhe sempre a minha amiga junto de todos os seus entes queridos.

Abraços