
A que vou contar escutei nas noites dedicadas a histórias de assombrações na casa de uma das minhas tias, no sítio em que moráva, onde a luz elétrica demorou décadas para chegar. As noites eram muito escuras, exceto em noites de lua cheia, mas mesmo assim não ficava muito claro devido as árvores e a vegetação densa, os moradores diziam que as bananeiras em noite de luar ficavam mal assombradas, devido ao reflexo das luzes nas folhas, formando imagens diversas, diziam eles.
A história é a seguinte, começava com uma casa abandonada, onde ninguém ousava morar devido a muitas estórias que se contavam a respeito dela, sobre a mesma ser mal assombrada. Uma vez chegou um moço de fora, vinha viajando há muitos dias, viu a casa e como ela estava vazia resolveu pernoitar ali, armou uma rede sem nem se importar em limpar um pouco, já que tudo ali estava abandonado havia um bom tempo, fez uma pequena refeição, bebeu alguns goles de água do cantil e deitou-se.
Não passou muito tempo e ele escutou passos, que ele julgou ser de alguém que viera reclamar da invasão da casa, logo ele viu uma pessoa se aproximar, ele então sentou na rede e ficou esperando aquela pessoa chegar, quando o jovem aproximou a vista e ia falar algo eis que de repente surge um um cão preto enorme, com olhos horríveis que chegavam a brilhar como fogo, enfiando uma das patas dentro da boca do moço, logo depois deu um gemido alto e ambos desapareceram na noite.
O hóspede foi encontrado no outro dia desmaiado, bastante atordoado contou que lhe deu mais medo foi o gemido alto de dor emitido pela entidade.
Estas e muitas outras histórias embalaram a minha juventude, mais tarde quando me tornei espírita, vim entender muito desses fenômenos fantásticos.
Paz, Celina.