sábado, 2 de abril de 2011

A alegria da minha tia Ali.

Imagem Google


Vou falar hoje da alegria da minha tia Ali.
Ela era diferente de todas as irmãs, mais clara e bem alta, casou-se com um homem que no máximo tinha 1,55 m. Era um casal bem diferente quando saiam juntos ela ia sempre à frente ou atrás, chamava atenção de todos e ela não gostava.

Como não tiveram filhos adotaram duas crianças.


Eram felizes ao seu modo, de casa para a igreja, as festas só as religiosas, a da padroeira Sant’Anna que é comemorada no mês de Julho, e as de fim de ano.

Fazia bonecas de pano lindas, para passar o tempo não dando conta das encomendas, toda criança gostaria de ter uma.


O marido trabalhava na capital, e deixava as compras da semana e certa importância em dinheiro, na terça-feira ela já tinha doado tudo. Daí perceberam que tinha alguma coisa errada passando do limite, levando-a a muito custo ao médico, fez um tratamento internada, quando voltou estava boa, mas com a alegria de sempre.

De vez em quando eu vinha até a cidadezinha, ficar na casa da minha sogra, quando ela sabia aparecia lá, ela adorava crianças.
Nos domingos pedia que arrumasse as meninas para acompanhá-las a missa das nove, uma delas tinha um cabelo preto curto e de franja e a outra cabelos castanho que eu enchia de cachos, a "La Shirley Temple", ficavam todas arrumadas e bonitas e era com certo orgulho que ela pegava nas mãos das crianças e as levavam a igreja que ficava perto da casa da minha sogra.

Um dia uma das minhas primas me chamou atenção, disse que uma das meninas estava tirando a concentração dos fiéis, ai explicou por que. Uma das meninas pedia para colocar os óculos que eram da minha avó, por sinal bem antigo, as lentes eram redondas e os aros dourados

Ai já viu, uma menina com cara de sapeca, de cachos e por cima de óculos antigos! Enquanto os outros se ajoelhavam para frente, ela se ajoelhava no banco virada para o povo, não tinha pessoa por mais séria que fosse que não achasse engraçado, resultado, é que tirava a concentração.

Meu marido resolveu a situação, nos horários das missas ele ia com elas fazer um passeio só regressando ao término da última missa às onze horas.

Sinto saudades da minha madrinha Ali, alegrou a minha vida com o seu bom humor e suas risadas, suas graças, sem percebermos que era uma pessoa doente e sim alegre.

 Que Deus a tenha.

Paz Celina

*PS: Postagem publica em 26/11/09

10 comentários:

chica disse...

rsss...que legal e o bom humor contagia.Fazbem! Claro que nas horas certas,,,, beijos,lindo fds!chica

José Sousa disse...

Querida amiga Celina!
Faz um tempo que não vinha te vesitar, por motivos de ocupação de trabalhos escolares! Mas vim, e logo encontro este belo escrito seu, parabéns!

Conheça meu novo blogue e comenta lá.

http://transpondo-barreiras.blogspot.com

Um beijão e bom fim de semana.

Anônimo disse...

É Celina, pessoas assim como tua madrinha Ali, sempre deixam saudades, independente dos laços afetivos que as unem a nós. O bom humor e a alegria são ingredientes básicos pra ajudar a viver e quem é assim, naturalmente, com certeza deixará saudades.
Bjssssssss

Toninho disse...

Minha mãe dizia que a pessoa adotada levava seu tutor para o céu.Uma bela lembrança em forma de homenagem a uma pessoa interessante desprendida de algumas coisitas deste mundo, na estranha maneira de ser feliz,as vezes nao entendida.Mas esta menina sapeça de cachinhos pude até visualizar com aqueles oculos grandes a causar risos nos fieis,isto nao tempreço,rsrs.Um abraço querida Celina desejando um feliz fim de semana na paz familiar.Bju no seu coração.

Caca disse...

Sua tia era portadora da alegria de viver. Essa doença boa. rsrs Que delícia de história, Celina! Abraço grande e ótimo final de semana. paz e bem.

Maria Rodrigues disse...

Amiga que linda a história da sua tia Ali. Uma pessoa alegre ilumina todos à sua volta.
Tenha um domingo maravilhoso
Beijinhos
Maria

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Boa tarde, querida amiga Celina.

Que história linda!! A menina querendo e chamando a atenção, a sua tia Ali, além de fazer bonecas e ser alegre, tinha um coração caridoso. Que Deus a tenha.

Menina... Eu viajei nas suas lembranças. Adorei!!!

Obrigada por compartilhar.

Um grande abraço.
Tenha uma linda semana, cheia de paz e realizações.

Mariana disse...

Adoro estas boas lembranças.
A tua tia deve ter sido uma pessoa adorável.
Ela com certeza está bem.
Deixo um grande abraço e o desejo que tu estejas bem.

Sônia Silva disse...

Teu jeito de escrever me lembrou uma senhora que contava contos pra mim e irmãos.

ô tempo bom.

Bom dia, bjo

Lourdes Ariana disse...

Que saudade gostosa da minha tia Alice! Amenino do texto sou eu.Vivia a 1000 por hora , e hoje naõ tenho traumas.ue Deus a guarde , sua amiga de infancia LU