segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Regressando ao passado II

Imagem do Google

Esta historia abaixo foi contada depois de muitas sessões de regressão da nossa amiga, aonde vamos encontrar nossa personagem agora no Brasil em pleno século XVIII com o nome de Maria Cândida.
Sinhá Candinha como todos costumavam trata-la, ficou órfã de mãe muito cedo, foi criada pelo pai Sr. Francisco, mais conhecido por Sinhô Chico, e sua ama de nome Sebastiana que a tratava com todos os mimos dispensados a uma filha.
Candinha teve uma educação mais domestica, sabia tocar piano como era costume a época, e bordava muito bem, também sabia ler e escrever. O seu pai por não querer se separar da filha proporcionou sua educação na fazenda mesmo, com professores particulares.
A fazenda onde morava não era das maiores, mais dava para viver bem, proporcionando uma vida simples sem nada faltar. Tinha alguns alqueires de terra onde o café crescia, alguns animais e aves para manutenção da casa.
 Tinha também alguns escravos e um feitor que ajudava na administração da fazenda, Juvino era seu nome, um negro forte, inteligente e muito ativo, era querido por todos, ele sabia exigir sem humilhar, tratava todos muito bem e o serviço rendia!
O que mais preocupava o Sinhô Chico era morrer e deixar sua filha só, por isso resolveu dar uma grande festa na sua fazenda e convidou todos os fazendeiros vizinhos, seus amigos, que tinham filhos em idade de casar e dai arranjar um marido para Candinha.
Foi tudo preparado, tinha muita comida, as moças ajudaram a alegrar o ambiente com brincadeiras, cantorias. Candinha tocou valsinhas ao piano, alguns moços tocavam violão e Cítaras, todos estavam alegres!
Candinha caiu de amores por Joaquim (Juca), um rapaz bonitão, conversador, muito atraente, era filho de um fazendeiro local. A festa durou uns três dias, todos regressaram e Juca ficou mais uma semana e já saiu comprometido, prometendo a voltar em seis meses para o casamento.
Enquanto esperava Candinha junto com as mucamas cuidou do enxoval.
O casamento foi realizado na fazenda de seu Chico tudo muito bonito e romântico como a noiva queria.
Na lua de mel aproveitaram para longos passeios pela fazenda, tomar banho de cachoeira, tudo que aquele pequeno paraíso podia proporcionar.
Passado alguns meses, o que Sinhô Chico temia aconteceu subitamente ele passou mal e veio a falecer, deixando Sinhá Cândida sozinha e triste, pois seu marido vivia viajando e passava pouquíssimo tempo na fazenda. Às vezes ficava meses fora e sempre se desculpava dizendo que eram negócios e melhoria de ambos.
O tempo foi passando, Candinha foi se acostumando com a solidão e junto com sua ama foi cuidando de afazeres domésticos, gostava de cuidar ela mesma do jardim, ficava radiante com o nascimento dos pintinhos. Ela  começou a fazer pequenos passeios pela fazenda, até que um dia ela encontrou Juvino que se ofereceu para acompanha-la no passeio pela fazenda, eles acertaram e foi o inicio de diversos passeios.
Ela encontrou naquele homem simples e atencioso tudo que aquilo que ela queria ter encontrado em seu marido. Começou admirando seu porte alto e forte, mais o que ela mais gostava neles era seus olhos firmes e meigos ao mesmo tempo.
Ela dispensou a ama e passou a passear a sós com o Justino, conheceu recantos nunca vistos em sua fazenda, com borboletas e canto dos pássaros, sem falar nas belas flores que ele sempre lhe ofertava ao final do dia.
Depois de certo tempo começaram a cavalgar e se distanciar cada dia mais da casa grande. Um dia ao ajuda-la a descer do cavalo eles ficaram abraçados, seus olhos se encontraram, e ele ficou sem jeito e pediu desculpas.
Ao chegar a casa ela foi surpreendida pela chegada de seu marido, que começou a questionar o que fazia fora de casa, o qual ela prontamente respondeu que estava vendo umas criações. Desta vez seu marido demorou mais que o costume, agora era ela que queria que ele fosse embora para suas viagens.
Chegou o tão esperado dia e seu marido partiu! Ela imediatamente saiu a procurar o feitor, que morto de ciúmes nem se aproximava da casa no período que seu marido estava. Não demorou muito ela o encontra a jogar pedras em um lago, Candinha começou a falar e ele não respondia nada, depois de algum tempo ele a convidou para passear e neste instante foi como se o sol estivesse a brilhar com mais intensidade e tudo ficou com uma luz diferente.
Em pouco tempo ele chega com os cavalos e a ajuda a montar, cavalgaram lado a lado calados! Ao chegar a um lugar sombreado ela pede para descer um pouco, sua face esta corada pelo calor e emoção e neste instante ela enroscou seus braços no pescoço de Juvino e o apertou de encontro ao seu peito, ele não resistiu mais e loucos de paixão deram seu primeiro beijo! Daquele dia em diante passaram a ser encontrar todos os dias, todas as tardes ele trazia flores do campo para ela. Ele falou para fugirem juntos, ela dizia ser impossível, pois um casal tão desigual logo seriam presos!
O marido descobriu tudo, o boato do romance da sua esposa com o feitor chegou até ele! Ele pensou mil maneiras de se vingar1 Trancou a mulher em casa e foi ter com o feitor, o Juvino na inocência dos amantes confirma tudo e diz que a ama, e que ela não tinha  marido, e que ele era livre para amar! O que o marido vociferou: vou mostrar como você não é livre! Juvino responde: talvez meu corpo não seja livre, mais meu coração sim!
O marido mandou amarra-lo e chicoteá-lo! Ele sofreu fome, sede, toda espécie de humilhação! Até que um dia após tanto sofrer ele amanhece morto, servindo de exemplos aos outros negros para não se meter com a sinhazinha!
Quanto a Maria Cândida ela foi definhando, odiando aquele homem cruel que só pensava nele, desencarnou poucos anos depois, sem nunca ter esquecido o homem amado.

E agora, como será que a nossa amiga voltou na próxima reencarnação? Aguardem!

Paz Celina.

13 comentários:

sheyla xavier disse...

Adoro romances espíritas.. espero ansiosamente o próximo post.
Boa semana, bjoss
Sheyla.

Vera Lúcia disse...

Olá Celina,

Muito bom! Fiquei curiosa!
Tipo da leitura que me agrada.

Beijos.

Toninho disse...

Nossa Celina esta parte foi terrivel com este final para o servo.Oxalá na proxima ela venha como senhor e faça diferente de toda esta maldade.
Bela construção amiga.
Meu abraço carinhoso de paz e luz.
Bju no seu coração.

Anne Lieri disse...

Celina,que história mais linda e dramatica!Muito romantica e comovente,adorei!Bjs,

Toninho disse...

Oi Amiga,os haikais são faceis,pois são de uma sensibilidade instantanea, por isso são do momento quase nunca no passado.É como voce olhar uma rosa no jardim e descrever aquele instante.Com o tempo voce vai gostar deles e fazer alguns.
Grato pelo carinho de sempre me faz muito bem.
Carinhoso abraço de paz e luz nos seus dias.

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Boa noite, querida amiga Celina.

Adorei. Estou ansiosa pelo próximo desfecho.

Fique com Deus.

Beijos.

sheyla xavier disse...

Querida,
Tem surpresinha pra você lá no blog, não perca!!!
bjokas
Sheyla.

ELAINE disse...

Interessantíssimo! Te encontrei no Blog DMulheres e já estou te seguindo!Agradeceria se pudesse me seguir de volta! Uma 5ªF iluminada e repleta de bênçãos! Abraço fraterno e carinhoso!
Elaine Averbuch Neves
http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com/

Ivana disse...

Celina!!!
Vou aguardar, poderia virar um filme, o reteiro é muito bom, bjo

Isabel José António disse...

Olá Amiga Celina,

Vi o seu comentário no blogue da nossa comum MARIA a um poema que lhe dediquei e ela tornou-o num post.

E vim descobrir dois contos sobre reencarnações anterior da Maria Cândida.

Parabéns pela VIVACIDADE e MAGIA com que os contou.

A VIDA não tem contrário. O Contrário de morrer é nascer. É eterna

Imensas vidas nós vivemos
Não existe morte para a alma
Muitas vezes nem sequer cremos
Andamos nas asas da brisa calma

E aprendemos a mal ou a bem
Todas as lições que devemos
Pois nunca ficamos aquém
Daquilo que somos e temos

Ao mistério teu coração abre
Sente no íntimo esta força
Que corta como afiado sabre
A vida não tem nada que a torça

Se nos quiser visitar, sinta-se à vontade e espreite ou o POESIA VIVA ou O CAMINHO DO CORAÇÃO.

Um abraço

José António

Sonica disse...

Muito bom, Celina!
Excelente final de semana!

ELAINE disse...

Obrigada pelo carinho!Dá uma espiada na postagem de amanhã, 22/01, estará iniciando uma campanha...Abraço fraterno e carinhoso!
Elaine Averbuch Neves
http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com/

Anônimo disse...

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