segunda-feira, 12 de março de 2012

Poltergeist*

Imagem do Google
Eu era ainda muito criança e me contaram o que aconteceu na casa de um tio meu .Morávamos em um bairro tranqüilo o único transporte disponível era o bonde, não tínhamos do que reclamar, o bairro era servido de escolas, farmácia, padaria e igreja.

A nossa casa ficava perto da casa do meu tio, irmão da minha mãe, sendo que a nossa ficava próximo ao terminal do bonde, até que um acontecimento estranho veio quebrar à tranqüilidade, não só do meu tio, como também do bairro que morávamos.

Em uma certa manhã começou a cair pedras dentro de casa, elas não machucavam ninguém, nem quebravam nada, eram pedaços de barro que ao cair no chão faziam um ruído estranho e despedaçavam-se.

No início meu tio pensou tratar-se de alguma molecagem dos meninos do bairro, olhou tudo e viu que não se tratava de brincadeira, foi à polícia, a delegacia ficava perto, veio soldados que cercaram a casa, passado algum tempo, vendo que tinha cessado foram embora, assim que eles saíram, o fenômeno recomeçou, desta vez com mais intensidade.

Chamou-se o padre, que jogou "Água Benta", fez preces, cessavam, para voltar em seguida com mais intensidade. Até a minha avó veio do interior e ajoelhada na sala rezou o "Ofício da Conceição" oração que ela sempre recorria nos momentos de aflição, cessou!

Meu tio disse: “Hoje vou afinal dormir”, fazia três dias que ninguém conseguia conciliar o sono, a notícia se espalhou, o bonde vinha cheio de curiosos que enchiam a casa para ver as pedras caírem.

Depois das orações da minha avó houve uma trégua, para recomeçar com mais freqüência, o meu tio estava como louco sem saber o que fazer, um vizinho chamou-o a parte e disse: "Conhecemos um homem que faz umas preces muito bonitas, nós o assistimos sempre, você já tentou de tudo, quer que eu o traga?" Meu tio muito sensibilizado com o interesse do vizinho e disse:" Traga-o! '

O vizinho foi buscá-lo, morava um pouco longe, quando ele chegou, cumprimentou a todos com simpatia e muita seriedade, mandou meu tio fechar as portas pra evitar tumulto, e em silêncio foi ao quintal, ficou na ponta da calçada e olhando para o céu fez uma prece silenciosa. Depois se despediu de todos e foi embora, ficaram esperando "as pedras voltarem", felizmente cessou, fazendo todos felizes e acabando com o desconforto de todos!

Este fenômeno se chama Poltergeist, quando estudamos a doutrina, nos ensinam o que fazer em um casos desses.

Segundo a parapsicologia trata-se de energia mal posicionada, principalmente se têm adolescentes, os estudiosos mandam que seja retirado por um período do lar, ás vezes dá certo.

Não foi o caso do meu tio, era ele a esposa e duas criancinhas pequenas, aprendemos também que junto ao fenômeno estão presente espíritos brincalhões.

A limpeza feita na casa criou um montão de entulhos, meu pai vendo disse: "Pelas frisas de alguns túmulos ali presente deveria ser restos da reforma do cemitério”.

Paz para todos! Celina

Ps: O senhor que fez a prece era um espírita, na época eles se reuniam mensalmente na casa de amigos, com muita discrição, para o estudo da doutrina, não era permitido outro credo, só o professado pelo país.

*Postagem original publicada em 09/11/09

7 comentários:

Mery disse...

Li com atenção e acredito sim em tudo que contaste, por quê? Já presenciei coisas que me arrepiaram, então os espíritos têm que ser respeitados e precisam de muita oração; que Deus ampare àqueles que não estejam em Paz... tanta coisa que acontece mas muita gente não acredita; só Deus! Muita paz pra ti também. Beijo/ Mery*

Toninho disse...

Celina lendo este texto,fiz uma volta ao passado, lá na minha Itabira, quando vivi algo semelhante. Para nós criança da epoca era uma festa misturada com medo. Na casa era uma loucura só até os mamões caiam. A rua era sempre cheia num determinado horario.Lá tambem foi usado padre(que diziam exorcista)e todos tipos de benzedores. Era uma casa ao lado da casa do nosso amigo Cacá.
Saber e entender os espiritos é uma habilidade de muita experiencia e estudos.
Uma bela semana amiga.
Meu carinhoso abraço de paz e luz.

chica disse...

Isso existe e acontece mesmo. E que bom, uma oração bem feita e colocada resolve. beijos,tudo de bom,chica

Graça Pereira disse...

História curiosa e quase incrível!
Entendo que nós não sabemos tudo e há coisas que não sabemos explicar mas, que existem, existem!
Beijo doce
Graça

Antônio Lídio Gomes disse...

Prezada amiga, este conto é um daqueles que não existe uma explicação.
Explicar o inexplicável não é para todos, e sim para quem está em sintonia com o além.
Um fraterno abraço e um beijo grande do teu leitor.

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Bom dia, querida amiga Celina.

Nossa...
Menina, aconteceu um episódio parecido, na casa do sogro do meu irmão mais velho, na cidade de Mariana. Lá também tinha romaria de curiosos.

Nessa vida não podemos duvidar de nada. Há tantos mistérios...

Muita paz, saúde e alegrias.

Beijos.

Anne Lieri disse...

Celina,vc sempre com essas histórias incriveis e diferentes!Gostei demais e acredito que isso possa mesmo acontecer!Ainda bem que foi solucionado!Bjs e meu carinho!