domingo, 6 de junho de 2010

Um amor quase perfeito, parte 2


Amanheceu o dia de sábado, a minha prima chegou e eu estava só alegria, dava dó ver aqueles que nos hospedaram, fazendo o máximo para nos agradar.

A noite chegou, nos arrumamos e fomos todos para a festa. A cidade era muito pequena, parecia mais um povoado, no quadro da rua havia a igreja, a prefeitura, e algumas casas de pessoas de posse, não havia posto de saúde, apenas uma farmácia onde o farmacêutico algumas vezes dava uma de médico, pois além de vender os remédios (que eram passados por ele) também fazia partos, quando era uma coisa mais séria o doente era deslocado para a capital ou a uma cidade mais perto com mais recursos.

Para animar a festa havia chegado um pequeno parque, completo com alguns balanços, carrossel e uma roda gigante, que era gigante apenas no nome, algumas barracas de brindes, o pessoal não estava acostumado com a novidade, para eles era uma festa e bem animada, no interior quando tem festa em uma cidade, costumavam ser prestigiadas por outras cidades vizinhas.

A noite assistimos a novena, depois fomos dar um giro pela cidade, fazendo hora para regressarmos, a minha prima não para de reclamar da desanimação...

Finalmente chegou o domingo, amanhecendo um dia bonito, ensolarado mas com uma brisa suave, e muitos cheiros no ar, o mais marcante se sobressaia, era dos abacaxis, não sei se era a vontade enorme de voltar que eu estava bem, me sentindo feliz.

Sr "Tota" era o nome do senhor dono da casa, havia recebido um convite para o baile do prefeito na casa do mesmo, a minha prima alegrou-se pois até que enfim íamos ouvir músicas e poder dançar e ver gente diferente, quem sabe talvez arranjar algum paquera...

A festa religiosa terminou pela tarde com a procissão e depois nós participamos da benção, eles eram muito religiosos e nós éramos seus hospedes.
As seis horas regressamos para descansar um pouco e nos arrumar para logo mais a noite. Vestimos as nossas melhores roupas, talvez não tão chiques, mas ao nosso favor tinha a nossa juventude, não precisávamos de muitos enfeites.

Chegamos precisamente as nove horas, alguns convidados já haviam chegado, a música ficava sob responsabilidade de uma cidade vizinha, uma banda bem animada com instrumentos de cordas e alguns de sopro além de um cantor que dava para quebrar o galho. A casa era grande e com muitos janelões, entrava-se por uma porta lateral com quatro janelas enormes na frente, num estilo mais rural, com muitos cômodos.
A primeira dama nos recebeu com muita simpatia, nos acomodou e lá para as onze horas seria servida uma ceia.

O baile começou e até hoje não sei porque não se dança a primeira música, havia muita gente de dinheiro, em sua maioria fazendeiros e políticos (que são iguais em todos os lugares e épocas), o Sr Tota fazia parte, ele não era tão rico como os outros, mas tinha terras e um engenho e morava bem.
Na terceira música alguém me tirou para dançar, um bolerão daqueles, quando estava na melhor eu olhei pela janela e quem estava lá? Ele.

No interior chama-se "ficar no sereno" em relação às pessoas que ficam do lado de fora na noite, assistindo o baile. Pois ele estava justamente no sereno, fez um sinal para mim e eu fingi que não vi, evitei passar por perto das janelas, o garoto filho do casal brincáva lá perto, ele o chamou e mandou um bilhete para mim pelo garoto.

Continua...

Paz, Celina

10 comentários:

RENATA CORDEIRO disse...

Oi, querida! Amei o amor quase perfeito. Sei muito bem o que é ficar no sereno. *O orvalho vem caindo* Dá um resfriado!! Mas é bom! E não podia deixar de vir. Espero pela seqüência. Beijos*

*a primeira estrela apontou pro viajante
qual é o caminho que leva à beira do mar
Ensinar a todos que pedissem seu caminho sem cobrar
Mas três condições ele teria que cumprir para chegar
E o viajante quando chegou até o mar quis pegar a estrela
a quem resolvera amar
E a primeira estrela que amava o viajante jogou sua imagem
na água sem pensar
E o que conta a lenda é que justo nesse instante nasceu a primeira estrela do mar*

I love you
Tudo de bom*

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Boa noite!!!
Vim matar as saudades!!!
Que a tua semana seja maravilhosa!
Eu volto para conhecer o desfecho!!!
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".(Fernando Pessoa)
Bjkas, muuuitas!
Sônia Silvino's Blogs

Caca disse...

Está ficando om um gostinho de quero mais, Celina! rsrs. Até o proximo e ansiado capítulo. Abraços. Paz e bem.

chica disse...

Estou adorando e quero seguir...beijos,linda semana,chica

gregus disse...

Mas que coisa, estou morrendo de curiosidade para saber o desfecho dessa história rs

Estou sempre por aqui, beijos Celina...

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Não consigo ficar longe de você!!!
Vim matar as saudades!
Vou ficar esperando a sua visita!!!
Tenha uma ótima terça-feira!
Bjkas, muitas!
Sônia Silvino's Blogs
Vários temas e um só coração!

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Muito obrigada pelas palavras deixadas no Arca. Sinto-me fortalecida com a sua amizade. Beijos carinhosos.

Paula Barros disse...

Ah, de novo... Você para na melhor parte. rsrs

Acompanhando e gostando.

beijo


(obrigada pelas suas palavras lá no blog, mamãe talvez tenha alta amanhã)

Anônimo disse...

Ai Celina,quanto suspense!Fiquei curiosa pra saber o que ele escreveu!Adoro essas histórias!Parabéns,está demais!Bjs,

Anônimo disse...

Ai Celina,quanto suspense!Fiquei curiosa pra saber o que ele escreveu!Adoro essas histórias!Parabéns,está demais!Bjs,