sábado, 17 de julho de 2010

Chá e Tomate.


Hoje sei porque não tolero chá! Só muito mais tarde, vim associar o meu horror a qualquer chá,por mais inocente que o mesmo pareça!
Fiz uma viagem ao passado e lembrei que eu e meu irmão não podíamos gripar que a nossa mãe nos preparava um chá. O mesmo era de maná com sene, que ela completava com uma clara batida em neve, e nos tínhamos que tomar aquela beberagem.
Fazíamos tudo para não gripar! Escondíamos ao máximo , mas a tosse denunciava!
Ai sentíamos o cheiro forte invadir a casa logo cedo, olhávamos aterrorizados um para o outro,em pouco tempo ela surgia com dois copos espumosos e nos dava para beber.O meu irmão bebia rapidamente seu copo, e eu ficava relutando,tomava o copo nas mãos ,cheirava, sentia náusea,enquanto o inocente do meu irmão falava:"toma logo menina, é fácil" Eu ficava...cheirava o chá e sentindo náuseas.
Dali a pouco minha mãe chegava, não vinha só ,trazia um chinelão bem grande e começava a luta.Ela pronunciava meu nome todo,primeiro sinal que nossa mãe está brava, e eu resistindo..vinha a primeira chinelada e eu tentava tomar, a náusea vinha...vinha a segunda chinelada...quando eu levava umas cinco chineladas tinha conseguido engolir a metade do chá!
Resultado,após toda "lapiada"tinha conseguido tomar o "maldito chá", e com cuidado de não botar para fora, e ter que tomar de novo,eu chorava segurando uma chave na mão e o copo na outra!
Ainda tinha um resguardo,não podia apanhar sol, e comida era arroz com carne de sol cozido tudo juntos.
Minha mãe ouvia falar maravilhas do tomate!
Para meu "azar"encostado a parede da cozinha tinha um pé de tomate enorme, ela com todo amor colhia-os,e depois de lavados enchia um tigela média de tomates e açúcar e me dava.Quando ela saia eu ia perto do tomateiro onde a areia era bem fofa e enterrava tudo!Quando minha mãe voltava ficava feliz dizendo"Comeu tudo?!"e eu afirmava.Como aceitava bem todos os dias tinha tomate com açúcar.
Hoje eu penso que menina chata que eu fui!Peço desculpas por não entender os cuidados e o carinho da minha mãe ,que não queria ver a filha doente e magricela como eu era!
Ainda hoje detesto tomate e chá!

Paz
Celina.

13 comentários:

Paula Barros disse...

Celina, é sempre assim quando leio você, consigo ver a cena.

Também não gosto de chá, e descobri um dia desse porque, era que chá era sinônimo de remédio...sempre uma gripe, uma diarreia, uma dor na barriga....e vejo que com você ainda era pior, ainda tinha a clara e as chineladas.

Também sou do tempo do sereno. Eu às vezes brinco dizendo que eu detesto sereno...e me perguntam quem é sereno...e eu digo sereno deve ser um cara muito chato que não deixava eu brincar. rsrs

bom domingo e abraços.

ONG ALERTA disse...

Mas a lembrança é gostosa, paz.
Beijo Lisette

Paula Barros disse...

Celina, estava observando a foto. A data é recente. E observei o jarro, acho lindo este tipo de jarro. As flores belíssimas. Mas o seu sorriso...rsrs é super agradável.

E desde que olhei a foto de baixo que achei que você lembra pessoas da minha família.

abraço

lula eurico disse...

Texto memorialista saboroso. Paula tem razão: dá pra ver a cena e o chinelão, então, rsrsrs

Abraço fraterno e prazer em conhecer teu blogue.

Parabéns!

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Oi, Celina! Adorei a tua foto. É como estar pertinho de ti, te escutando contar essa história.
Beijocas, minha amada!

gregus disse...

Ahhh eu sei bem como é, eu tenho uma relação semelhante com comprimidos rsrsrs...

Celina é sempre muito bom vir aqui fazer esta visita e deixar esse meu pequeno comentário junto a tantas palavras de carinho que vem se multiplicado em seus posts, você é uma pessoa muito especial.

Muita paz.

Mariana disse...

Tem lembranças q ficam para sempre.
eu adoro chá, mas se fosse obrigada a tomar, acho q não gostaria.

Mariana disse...

Tem lembranças q ficam para sempre.
eu adoro chá, mas se fosse obrigada a tomar, acho q não gostaria.

Caca disse...

Eu quero primeiro lhe parabenizar e agradecer por permitir ser seu amigo. E depois falar de engulhos de infância por causa das imposições dos pais. Você acredita que a minha mãe curava males da garganta com cebola crua? Quando vi isso pela primeira vez com a minha irmã mais nova, fiquei traumatizado, ve-la mastigando uma cebola inteira aos prantos. hahahaha! Mas, como os tempos mudam... Hoje, se a minha comida não tiver cebola no preparao , fica parecendo que está faltando algo. Abraços grande, Celina! Paz e bem.

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Boa noite!
Celina querida!
Um presente para você, pois hoje é um dia muito especial!

"Amigos

Vinícius de Moraes

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E, às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários,de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos e, principalmente, os que só desconfiam - ou talvez nunca vão saber - que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os."
***************************************************************
SÔNIA SILVINO'S BLOGS
Vários temas & um só coração!

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Boa noite!
Celina querida!
Um presente para você, pois hoje é um dia muito especial!

"Amigos

Vinícius de Moraes

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E, às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários,de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos e, principalmente, os que só desconfiam - ou talvez nunca vão saber - que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os."
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Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Boa noite!
Celina querida!
Um presente para você, pois hoje é um dia muito especial!

"Amigos

Vinícius de Moraes

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E, às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários,de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos e, principalmente, os que só desconfiam - ou talvez nunca vão saber - que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os."
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ONG ALERTA disse...

Com o tempo se aprende muito, paz.
Beijo Lisette